Faz um tempo que a medicina da palavra se apresentou por aqui. Já tinha ouvido esse termo utilizado dessa forma? Uma grande amiga minha, a Carol, bruxa-guia do Farol da Lua costuma dizer que temos medicinas diferentes dentro de nós.

Acredito que a minha medicina é a medicina da palavra. Principalmente da palavra escrita. Mas não só, acredito que a palavra falada E a palavra não falava também.

É fácil lembrar quando penso na minha relação com as palavras do tempo do colégio em que as minhas redações costumavam se destacar, que português era minha disciplina preferida e as minhas melhores notas.

Mas é possível perceber também que esse gosto e apreço pelas palavras vem de antes. Minha mãe é professora, meu pai, poeta… Meu avô também era mestre com as palavras..

E mais precisamente no ano de 2019, se não me falha a memória, me conectei de uma forma surreal com a medicina da palavra. Passei a escrever em diário para me apropriar dos meus sentimentos, para me entender, como uma forma de auto análise.

Nesse período também, acredito vendo hoje, foi uma espécie de cura regenerativa através da medicina da palavra. Escrever, para mim, é como colocar à minha frente um espelho que reflete o meu interior…  Me permite o movimento de desapegar das aparências e externar aquilo que ninguém vê.

Por isso, o livro que virá ao mundo em breve se chama “Eu, curandeira de mim”. O livro retrata em poesia um percurso que me levou a transformar emoções dentro de mim. Alguns Sentimentos foram muito difíceis de processar,  mas a escrita me permitiu isso.

Você vai ver que trata-se de um processo de morte e de vida novamente. Descrito como um movimento natural de desprendimento, que leva gradualmente a um florescimento. Esse livro fala de morte, de transformação, de resgate de um feminino há muito destratado interna e externamente, fala de aceitação, ressignificação de feridas emocionais e traumas até sua cura.

Um beijo! <3

Bru